15.10.17

Quando a cabeça não tem juízo, a educação ambiental é que paga...



Demorei meses até que decidi falar desta questão. Reflecti sem pressas e deixei o tempo fazer o seu trabalho, mas a mágoa continua. O motivo porque apaguei segmentos destas duas fotos deve-se ao facto de não pretender afectar a imagem da entidade em causa, até porque a culpa não é dela, mas sim culpa da malvadez e estupidez humana de uma ovelha negra. Quero apenas mostrar do que se trata, daí mostrar os ecopontos e não o cenário dos mesmos.
Mas comecemos pelo início. Há uns anos adquiri às minhas custas alguns mini-ecopontos, de forma a oferecer a uma determinada entidade, fomentando assim a educação ambiental, senso lato, e a separação de resíduos em termos já mais objectivos. Foram anos de sensibilização e dezenas de pessoas levaram para casa algo de novo, a sensibilização para algo de importante como o é a reciclagem. É uma tarefa que leva o seu tempo, mas que resulta e é gratificante, isso vos posso garantir. Os mais de 200 euros que gastei em 2006 compensaram, pelo menos até determinada altura.
Como em tudo na vida há ovelhas ranhosas, que tentam impedir o avanço civilizacional. A reciclagem é um desses avanços civilizacionais. Durante os anos em que estive naquela entidade, ninguém se interpôs num caminho que consegui trilhar e do qual muito me orgulho. O estatuto que tenho funcionava como protecção aquela medida pedagógica. Apesar desse facto, houve sempre uma ou duas ovelhas ranhosas, que queriam acabar com a reciclagem, estando desejosas que eu me fosse embora dali. E esse dia chegou a determinado momento. Logo que aconteceu, a primeira coisa que essas ovelhas ranhosas fizeram foi transformar dois dos conjuntos de mini-ecopontos em caixotes do lixo, pervertendo algo de tão importante como era a reciclagem. Mas não se ficaram por aí, pois retiraram um papel que apelava à separação de resíduos e até os ímanes do frigorífico, alusivos à reciclagem,   desapareceram. Não é algo que me surpreendeu, já que já tinha ouvido, meses antes, que certa pessoa tinha prometido que ia acabar com a reciclagem, mesmo que não mandasse nada ali (as paredes têm ouvidos e eu oiço-as...). É algo que lamento profundamente. Se há um atestado de ignorância e malvadez passível de apresentar, este é um deles.
Apesar da maioria do pessoal já ter começado a integrar a questão da reciclagem, este acto ignóbil, é um reprocesso civilizacional, que infelizmente afecta negativamente a imagem da entidade em causa.
Há quem saiba do que estou a falar, mas, e a esses, peço que não falem do local onde isto se passa, já que, como já referi, não é ela que tem a culpa. Foi ela aliás que sempre apoiou a reciclagem entre portas. O importante é mesmo fazer-vos reflectir sobre esta questão e, envergonhar quem tomou a iniciativa de acabar com a reciclagem ali, numa de vingança para com a minha pessoa, numa (i)lógica de ressabianismo puro. Trata-se de alguém que só é gente entre aquelas portas, pois fora delas é um zé ninguém. E, diga-se, mesmo lá dentro, é gozado por muitos, tal a infantilidade crónica.
Para terminar, eu não condeno quem não sabe, condeno sim quem não quer saber...

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