16.5.13

As "tretas" da reabilitação urbana na região de Sicó


Não, não são tretas, este título é apenas uma ironia que utilizo para dar a "roupagem" a um comentário que pretende esclarecer factos pertinentes. Há semanas atrás, fiquei algo perplexo quando li uma resposta a um comentário meu, o qual tinha elaborado após ler uma notícia que me surpreendeu pela negativa.
Começando pelo início, a notícia que comentei, no fórum de um Jornal on-line, tinha a ver com o facto da Associação Empresarial de Ansião (AEDA) querer empresas a investir em Marrocos. Apesar da AEDA estar no seu pleno direito, obviamente que, estando nós num estado democrático, fiz questão em comentar tal notícia, comentário este que nem sequer foi incisivo. Podem ler este meu comentário no link acima, mas no final verão que até nem teve nada de especial. Pretendi apenas alertar para o estado de muito do edificado, não só no concelho de Ansião, bem como na própria região de Sicó. Apesar de eu já defender a reabilitação urbana há muitos anos, as empresas do ramo apenas nos últimos meses é que admitiram que este era uma "tábua de salvação", sendo uma forte possibilidade de reconversão para várias destas empresas. A reabilitação urbana é aliás um vector de desenvolvimento reconhecido por vários governos da europa, daí eu estranhar que a AEDA, em vez de rebater de alguma forma o meu comentário, viesse apenas, que nem virgem ofendida, a atacar-me pessoalmente, na base do factos nicles.
Supondo que será mesmo a AEDA, já que no comentário assim se identifica, é de lamentar esta postura de alguém que pensa que é imune a críticas.
No meu segundo comentário, onde respondo à AEDA, aí já tive de ser incisivo, defendendo-me de um ataque muito pouco elegante. É engraçado alguém que nunca terá trabalhado nas obras venha tentar dar lições de moral a quem já tendo trabalhado no ramo, é já há alguns anos um técnico com valências também nesta área, já que o ordenamento do território assim o obriga. Isto tudo fugindo ao debate, indo apenas pelo ataque directo e baseado apenas em argumentação sem factualidade, o que é de lamentar dadas as responsabilidades da AEDA.
Ficarei agora atento ao dia em que a AEDA proponha um plano que vise a reabilitação urbana no concelho e da própria região, pois de conversa da treta e de lirismos estou eu farto. Há que ser-se sério na hora de criticar, sem patetices.
Se a AEDA não gosta de críticas, está no seu direito, agora pensar que está imune às mesmas é que é um engano sério. Em vez de me atacar em termos pessoais, ataque os factos sobre os quais me centro, estarei disponível para os rebater ponto a ponto. Não sei se a pessoa que escreveu tal comentário sofre de algum complexo de inferioridade, já que a forma como se expressou assim o faz parecer. Não compreendo porquê, já que quem me conhece sabe que sou uma pessoa simples e descomplicada, mas cada um sabe da sua vida. 
Volto a dizer que em primeiro lugar está a nossa região. Se é difícil, é, mas o mérito vê-se nas alturas difíceis...
E, para finalizar, a imagem inicial é de um das muitas centenas de edifícios devolutos que preenchem a paisagem urbana do concelho de Ansião (esta é em pleno centro da Vila de Ansião). Estas centenas de edifícios representam oportunidades ligadas à reabilitação urbana. O papel da AEDA é também, entre outros, o de inovar e criar programas que visem a reabilitação destes edifícios, promovendo-os de forma própria e/ou com entidades várias, caso por exemplo da Câmara Municipal de Ansião. Todos agradecem, empresas e jovens que querem investir na aquisição de casas reabilitadas, as quais têm uma alma própria e são bem mais interessantes do que aquelas casas novas, sem alma, que muitas vezes se constroem. O QREN também serve para isto, agora sugiro que façam o vosso trabalho de casa, mas só se quiserem, pois este é apenas um conselho de quem privilegia a nossa região...

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